De Curitiba para o Mundo

De Curitiba para o Mundo

Os ônibus começaram a circular em 1992. Eram cinza e tinham uma capacidade de transporte 80% superior à dos veículos que circulavam no país até então.

Os primeiros biarticulados tinham 25 metros de comprimento e capacidade para transportar 250 passageiros, a mesma metragem do ônibus suspenso que temos aqui no Memorial da Segurança no Transporte. Os modelos que atuais, que circulam pelas ruas de Curitiba, têm 27 metros e capacidade para 270 passageiros.

 

O sistema de transporte por onde circulam os biarticulados é chamado de BRT (Bus Rapid Trânsit) e tem como característica pagamento antecipado da tarifa, estações para embarque e desembarque em nível, veículos com portas amplas e circulação em vias/canaletas exclusivas.

O modelo, criado por Jaime Lerner, rapidamente se tornou um sucesso e hoje integra sistemas organizados de transporte em todo o mundo. Os biarticulados estão presentes em países como Colômbia, Equador, Guatemala. No Brasil circulam nos sistemas de transporte de cidades como São Paulo, Goiania e Belo Horizonte.

Ainda hoje, 29 anos depois do início da operação os primeiros biarticulados, o sistema de transporte de Curitiba continua sendo considerado inovador. Em fevereiro de 2020, o projeto foi listado entre os 50 projetos mais influentes de mobilidade urbana dos últimos 50 anos pelo Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI –Project Management Institute) organização global com presença em mais de 160 países. O BRT de Curitiba aparece em 33º lugar, ao lado de iniciativas que moldaram transformações globais como a World Wide Web e o Projeto Genoma.

 

Aliados na redução da acidentes

Por sua maior capacidade de transporte e por circular em vias exclusivas, os biarticulados são verdadeiros aliados para redução de acidentes.  Estudos da Embarq e do Banco Mundial indicam que, quando a sinalização é bem feita, a implantação de vias exclusivas para ônibus pode reduzir o número de acidentes em mais de 50%.

Os veículos atuais são equipados com avançadas tecnologias de segurança e conectividade, contribuem ainda mais para evitar acidentes.  Um exemplo de tecnóloga aliada da segurança é o controle automático de velocidade. Um levantamento de abril de 2019, apontam que Curitiba reduziu, em um ano, 50% as colisões de ônibus biarticulados com automóveis na linha Santa Cândida Capão Raso, ao adotar essa tecnologia para controlar a velocidade dos veículos.

Nos locais mais críticos, com alto fluxo de pedestres, a velocidade do ônibus é de 20 km/h. Mesmo que o motorista acelere, o veículo vai manter a velocidade de 20km/h

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