Número de acidentes e mortes no trânsito cresce no país

Número de acidentes e mortes no trânsito cresce no país

Na contramão da 2° Década de Ação pela Segurança no Trânsito da ONU (Organização das Nações Unidas), que tem como meta a redução de 50% dos acidentes e mortes entre 2021 e 2030, o Brasil vem registrando um preocupante aumento do número de sinistros.

Um levantamento feito pelo Memorial da Segurança no Transporte aponta um crescimento no número acidentes e mortes no trânsito em três capitais brasileiras: Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.

Curitiba – De acordo com dados do BPTran (Batalhão de Polícia de Trânsito), houve um aumento de 15% no total de óbitos e de 10% no de feridos em acidentes de trânsito entre janeiro e outubro de 2024, em comparação do mesmo período de 2023. O número de vítimas fatais passou de 46, em 2023, para 53, em 2024, e o de feridos de 3.544 para 3898. Os acidentes tiverem um crescimento de 10%, saltando de 24.622 entre janeiro e outubro de 2023, para 26.941 no mesmo período de 2024.

São Paulo – A capital paulista também registou um aumento do índice de violência no trânsito. Apesar de uma redução de 2% no número de acidentes entre janeiro e outubro de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023, os sinistros foram mais graves e resultaram em um crescimento de 18% no total de vítimas fatais, saindo de 736 para 869. Os dados são do Infosiga SP.

Rio de Janeiro - De acordo com informações do IPS Conecta o número de acidentes de trânsito na capital carioca aumentou 26% no primeiro semestre deste ano, saltando de 4.534 sinistros em 2023, para 5.750 em 2024. Os acidentes com óbitos cresceram 23%, saindo de 174 para 215.

Rodovias federais – O cenário de violência no trânsito se repete nas rodovias federais do país. De acordo com levantamento da Abramet RS (Associação de Medicina de Tráfego do Rio Grande do Sul), no primeiro semestre deste ano, foram registrados 29.435 mil acidentes que deixaram 2.906 pessoas mortas. Durante o ano de 2023, o total de óbitos nas rodovias federais foi 5.615.

“É difícil para nós, que trabalhamos com segurança no trânsito, ver esse aumento da violência no trânsito. Sabemos que a maioria dos acidentes é responsabilidade dos condutores e não vemos as pessoas agindo em prol da sua própria segurança. O que percebemos, durante a visita ao nosso espaço, durante as atividades interativas, é que a maioria das pessoas não tem a dimensão do risco de não respeitar as regras de trânsito e tem a tendência a acreditar que não vai acontecer com elas”, diz Ariza Sozzo, responsável pelo Memorial da Segurança no Transporte.

No Memorial, os visitantes têm uma experiência prática de como um estilo de condução que respeita as normas de trânsito ajudam a evitar acidentes. 

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