Reduzir limite de velocidade salva vidas
Dados da Cities Safer
by Design mostram que o atropelamento de um pedestre ou cliclista por um
veículo a 30km/h a probabilidade de morte é de 10%. Se o veículo estiver a 40%
km/h a chance de óbito sobe para 30% e se o veículo estiver a 50 km/h a
probabilidade salta para 85%.
Várias cidades do mundo,
como Paris, Bruxelas, Barcelona e Bogotá, adotaram limites de velocidade
entre 30 km/h a 50 km/h para avançar na meta de redução de 50% das mortes de
trânsito proposta pela Primeira (2011-2020) e Segunda (2021-2030) Décadas de
Ações pela Segurança no Trânsito da ONU, e já alcançam resultados bastante
positivos.
De acordo com dados da WRI
Brasil (World Resource Institute) em 2014 a cidade de Nova Iorque reduziu o
limite de velocidade para 40km/h em 90% de suas vias. O resultado foi uma queda
de 25% no número de fatalidades no trânsito. A cidade de São Paulo reduziu a
velocidade de suas vias arteriais para 50km/h e hoje é uma das capitais
brasileiras com o menor índice de mortes no trânsito, com 6,2 mortes para cada
100 mil habitantes. No Brasil, essa taxa é 19,7 mortes por 100 mil
habitantes, de acordo com dados da Organização Panamericana de Saúde (Opas).
Curitiba segue esta
tendência mundial para redução de acidentes, mortos e feridos no trânsito.
Diversas ruas e avenidas já são consideradas vias calmas e o Governo Municipal
iniciou um projeto para reestruturação de trânsito da cidade que prevê a
redução dos limites de velocidade em importantes avenidas, iniciando pela
Presidente Kennedy.
A visita ao Memorial da Segurança estimula
essa reflexão e, por meio da experimentação, busca mostrar os impactos da
velocidade em caso de acidentes. O simulador de colisão permite uma experiência do
impacto de um acidente a 10km/h. Acredite, a experiência é chocante. Já nas
balanças de projeção é possível saber o peso com que o corpo de uma pessoa é
projetado a 20km/h, 40km/h, 60km/h e 80 km/h. Acredite ou não, em um acidente a
60km/h o peso de uma pessoa de 60kg atinge mais de 8 toneladas, ou seja, mais
pesado que um elefante africano, que pesa em média, 6 toneladas.