Pandemia não reduz número de mortos em rodovias
Dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias
(ABCR) e Tendências Consultoria Integrada apontam uma queda de 13,1% na
circulação de veículos em 2020, sendo 16,9% veículos leves e 1,1% de veículos
pesados (caminhões e ônibus).
A redução do número de acidentes nas rodovias federais foi de apenas 6%, passando de 67.351 acidentes em 2019, para 63.447 em 2020, de acordo com dados do Atlas da Acidentalidade no Transporte, editado pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Já o número de mortes se manteve o mesmo. Foram 5.331 vítimas fatais em 2019, contra 5.287 em 2020. Uma redução inexpressiva, de 0,8%.
O mais inquietante é que acidentes e mortes no trânsito são evitáveis. Diversos estudos apontam que mais de 80% dos acidentes são provocados pelo comportamento dos motoristas no volante.
E as causas de acidentes apontadas pelo Atlas da Acidentalidade confirmam o que dizem os estudos. Em 2020, as causas mais letais de acidentes nas rodovias federais, por ordem de gravidade, foram:
- Ultrapassagem indevida: motivo de 1.081 acidentes, com índice de gravidade de 8,8
- Desobediência à sinalização: motivo de 9.219 acidentes, e
índice de gravidade de 6,5
- Velocidade incompatível: motivo de 5.878 acidentes, e
índice de gravidade de 6,3
- Dormir ao volante: motivo de 2.109 acidentes, e índice de
gravidade de 6,2
- Falta de atenção: motivo de 24.102 acidentes, com índice de
gravidade de 5,8
- Ingestão de álcool: motivo de 5.434 acidentes, com índice
de gravidade de 4,8
Somado o total de acidentes provocados apenas pelas seis causas acima, temos 47.830 acidentes, número que corresponde a 75% dos acidentes registrados nas rodovias federais em 2020. Defeitos na pista, motivo não ligado ao comportamento humano, foi responsável por 966 acidentes, porém com índice de gravidade alto, de 5,5.
OBS 1 – O índice de gravidade relaciona o total de acidentes ao número de mortes, por motivo.
OBS 2 - Os dados completos do altas podem ser consultados no
site www.altasacidentesnotransporte.com.br